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Quarta, 13 de Janeiro 2010

Inadimplência do consumidor em Natal cai 14,9% em 2009

Renata Moura - Repórte

O reaquecimento da economia e o aumento do poder aquisitivo das classes C e D ajudaram a reduzir em 14,9% o número de registros no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) do Rio Grande do Norte em 2009, em relação a 2008, mas, ao contrário do que se poderia esperar, o calote no comércio do estado não ficou menor. Em vez disso, a dívida acumulada por consumidores em compras não pagas, ao longo dos últimos cinco anos, subiu R$ 5,29 milhões no intervalo entre julho e novembro, atingindo exatos R$ 89.194.000. Os dados fazem parte de um levantamento que o SPC RN divulgou ontem e indicam a inclusão de dívidas de maior volume e que quem tem dívidas mais expressivas está com dificuldades de “limpar o nome”, analisa o presidente do Conselho Regional de Economia e professor de Gestão Financeira da UnP, Janduir Oliveira da Nóbrega.
Augusto Vaz explica a variação dos números do SPCAté novembro, de acordo com os dados mais atualizados do SPC, órgão controlado pela CDL Natal, havia 214 mil consumidores na lista de maus pagadores. Eram 2 mil a menos que em julho de 2009. “O perfil dos que saíram do banco de dados mostra que a maioria faz parte das classes C e D e isso é reflexo do aumento do poder de consumo nessa faixa da população. Razões pontuais, como a liberação do 13º salário também contribuem para que o consumidor negocie”, frisa o diretor do SPC no estado, Augusto Vaz. Ontem, não havia números absolutos que indicassem o total de exclusões do banco de dados apenas em 2009. O levantamento mostra, no entanto, que em novembro houve queda de 4,98%, em relação ao mesmo período de 2008 e que em dezembro a redução foi de 3,02%. “Para este ano a expectativa é que haja redução em torno de 15%, com as perspectivas de aquecimento econômico e aumento de emprego e poder de consumo”, analisa Vaz. O levantamento do SPC inclui dívidas contraídas nos setores de comércio e serviços.

Restrições

O consumidor que tem o nome incluído no banco de dados dos serviços de proteção ao crédito fica, na prática, sujeito a uma série de restrições no comércio e nas instituições financeiras. Como está listado entre os “maus pagadores”, a tendência é que enfrente dificuldades para fazer compras a prazo, pedir financiamentos e até alugar imóveis, caso tenha o histórico consultado na hora de fechar a compra ou a contratação do produto ou serviço. “Não é interessante para ninguém ficar sem crédito. Se a oferta de crédito diminui, diminuem o consumo, a produção, os empregos e a renda”, explica Janduir Nóbrega.

Para quem está na relação de inadimplentes, o melhor caminho para “limpar” o nome é tentar negociar o débito, indica. “Algumas empresas chegam a oferecer parcelamentos ou descontos. Outras são menos maleáveis”, continua Vaz, do SPC. Nóbrega recomenda também a busca de orientação profissional para calcular o valor devido e que o consumidor recorra à justiça, caso enfrente dificuldade para negociar ou perceba indícios de abuso por parte de quem cobra. “E para quem não quer ficar inadimplente, a dica é simples: usar o crédito com responsabilidade”, alerta ainda.
FONTE: SITE DA TRIBUNA DO NORTE

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