Julgamento mais longo do RN condena réu a 40 anos de prisão

O júri popular considerou o réu Osvaldo Pereira Aguiar, 56, culpado, pelos crimes de assassinato, violência sexual e ocultação de cadáver da menina Maísla Mariano Santos de Moura, 11 anos, morta e esquartejada em maio de 2009. Osvaldo Pereira foi sentenciado a cumprir 40 anos de prisão - 27 anos pelo homicídio, 10 anos pelo atentado ao pudor e três pela a ocultação de cadáver. A sentença foi pronunciada, pouco antes da meia-noite desta sexta-feira, 25, no Fórum Miguel Seabra Fagundes, pela juíza titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Natal, Karyne Chagas de Mendonça Brandão.

Desde às 17h da última sexta-feira, os jurados ouviram o debate entre a promotoria e a defesa. A acusação considerou os antecedentes criminais do acusado. Ele já havia sido condenado por tráfico de drogas e atentado violento ao pudor, além de ter sido fugitivo do presídio de Rondônia. O promotor José Hindemburgo refez a trajetória de Osvaldo no dia do crime e reforçou os depoimentos das testemunhas.

Porém a defesa alegou que não existiam provas técnicas que relacionasse o material genético do réu com os exames realizados. O advogado Marcus Alânio criticou os trabalhos do Estado e apontou falhas durante as investigações. Osvaldo Pereira deverá cumprir ainda 26 anos de prisão por crimes praticados anteriormente, no estado de Rondônia.

Dois dias de julgamento

A secretaria de comunicação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte esteve presente no salão de júri, repassando todas as informações sobre o julgamento, em tempo real, por meio de um link exclusivo disponibilizado no site, para a cobertura jornalística do caso.